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segunda-feira, 18 de junho de 2012

Sua cintura na medida certa

A medida da cintura é um importante indicador de saúde. Os centímetros que medem a concentração de gordura visceral evidenciam não apenas a obesidade, mas também os riscos de desenvolver doenças cardiovasculares ou diabetes.
Esse número é o principal critério utilizado pelos médicos para diagnosticar a síndrome metabólica. A medida varia de acordo com a etnia e gênero do indivíduo: no caso dos homens caucasianos e negros a preocupação surge a partir de 94 cm; nos sul-asiáticos, ameríndios e chineses, a partir de 90 cm; e nos japoneses, a partir de 85 cm. No caso das mulheres, ...Continue lendo...


as caucasianas, negras, sul-asiáticas, ameríndias e chinesas devem se preocupar com medidas a partir de 80 cm; e as japonesas, a partir de 90 cm.

Além da medida da cintura, que é uma condição que deve necessariamente estar presente, ...Continue lendo...

o diagnóstico da síndrome metabólica necessita da presença de mais dois critérios, entre níveis de pressão arterial máxima (sistólica) maior ou igual a 13 cm/Hg ou pressão arterial mínima (diastólica) maior ou igual a 8,5 cm/Hg; glicemia medida em jejum elevada (a partir de 100 mg/dl) ou diabetes diagnosticado; perfil lipídico alterado (baixo colesterol bom – HDL menor que 50mg/dl nas mulheres e 40 mg/dl nos homens – ou triglicérides elevados – acima de 150 mg/dl).
“A presença de apenas três desses componentes já define a síndrome metabólica. Os critérios utilizados no Brasil para o diagnóstico são baseados nas diretrizes brasileiras para o diagnóstico e tratamento da síndrome metabólica desde 2004”, afirma o Dr. Marcelo Costa Batista, pesquisador do Instituto Israelita Albert Einstein de Ensino e Pesquisa e professor adjunto da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
“Esse conjunto de fatores eleva o risco de morte por doenças como o acidente vascular cerebral (AVC) ou o infarto e aumentam o risco de desenvolver o diabetes”, alerta o Dr. Décio Mion Junior, responsável pelo setor de monitorização de pressão do Einstein. De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia, quando presente, a síndrome metabólica está relacionada a uma mortalidade cardiovascular três vezes maior do que na população em geral.
A doença é silenciosa, já que dificilmente apresenta sintomas, e frequente: a incidência é de 30% em toda a população. E esse número deve crescer. “O panorama é preocupante, porque é uma condição atrelada à obesidade. O número de casos tende a crescer juntamente com o ganho de peso da população”, enfatiza Dr. Marcelo.

A síndrome metabólica pode aparecer a partir dos 30 anos, mas é mais comum na faixa dos 50. Nessa idade, o número de casos dobra em comparação com as faixas etárias anteriores. Não há um componente hereditário que isoladamente defina a ocorrência da doença, mas quem tem histórico familiar de diabetes ou doenças cardiovasculares deve redobrar a atenção, pois é mais suscetível.
O diagnóstico da síndrome é feito por meio de exames laboratoriais – que vão avaliar os níveis de glicemia, colesterol e triglicérides presentes no organismo – em conjunto com uma avaliação clínica, na qual o médico irá pesar o paciente e aferir o nível da pressão arterial. No entanto, a forma mais fácil de verificar a presença ou não da doença ainda é a medida da cintura. “É simples e a pessoa pode fazer nela mesma. Basta usar uma fita métrica e medir na altura do umbigo”, ensina Dr. Décio. Se estiver fora do padrão de saúde, é essencial procurar um médico.

Tratamento

O tratamento de ponta para esse problema é multidisciplinar, ou seja, deve abordar vários fatores da vida do paciente. “É preciso controlar o peso, a glicemia, o colesterol. Em alguns casos há necessidade de usar medicamentos, mas em geral a indicação é exercício físico e alimentação balanceada”, atesta Dr. Décio.
Dr. Marcelo enfatiza, ainda, a necessidade de redução do sal na comida, para diminuir o impacto da hipertensão. “A origem do problema está no acúmulo do tecido adiposo (gorduroso). Quando a pessoa emagrece, as consequências são atenuadas e ela pode deixar de apresentar o diagnóstico”, diz.
Para Ana Maria Pita Lottenberg, coordenadora do curso de pós-graduação em Nutrição do Einstein, é preciso mudar os hábitos alimentares e reduzir o consumo de gordura na dieta. “Principalmente a combinação gordura e açúcar”, reforça.
Portanto, para ficar longe do risco de desenvolver a síndrome metabólica, a adoção de hábitos saudáveis é essencial.

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